Como brasiliense orgulhosa que sou, sempre sonhei em ter um painel do Athos Bulcão. Pra quem não o conhece, dá pra ter uma noção no site da Fundação Athos Bulcão. É um dos maiores artistas do nosso país (e por que não do mundo?). Os azulejos do Athos são a cara de Brasília e estão espalhados por toda a cidade. Bom...sonhos a parte, ainda não tenho cacife - e quiçá terei - pra ter um painel original de um artista tão consagrado...
Como realizar um sonho sem ter dindin pra isso? De primeira pensei em fazer em mosaico (adoro mosaicar, aqui em casa temos algumas coisinhas que fiz, hora dessas coloco no blog). Mas a arte musiva demanda MUITO tempo e isso é algo que não está sobrando tanto assim. Além disso, pra fazer um mosaico maneiro, com cores específicas, gasta-se um tanto.
Enfim...cachola funcionou! Foi só pensar nele, a versatilidade em forma de papel! Ele, o queridão da torcida do Flamengo: o papel contact!
A parede inspiradora : há algum tempo tirei uma foto das meninas embaixo de um bloco da Asa Sul, aqui em Brasília (tá bem, elas são fofas - as meninas- e as fantasias foram uma invenção muito legal - um dia falarei de fantasias - mas atenção na parede ao fundo, por favor!). Este painel é ou não é muito estáile?!
O local sortudo: o murinho que divide a sala da cozinha foi o grande merecedor do painel quase Athos!
Aqui já na colagem (sem máquina nesse dia - pra variar, no cel só pra registro...) O processo foi o seguinte: medi o muro e fiz os azulejos um por um. Cortei retângulos vermelhos, retângulos brancos e fiz o mesmo com os quadradinhos (deixando as pontas arredondadas). Depois montei cada "azulejo", coloquei a foto do meu lado e fui colando. Sim, um por um!
Curti!
Sobre quanto tempo demorei: acho que bastante, mas fui fazendo aos poucos, em várias noites. Quando as meninas iam dormir, fazia um pouquinho...num dia media, no outro cortava, no outro montava os azulejos e numa lapada só (cerca de 1h40) colei tudo. Pra um bom resultado é bom passar um pano seco na superfície pra não ficar nenhum resquício que atrapalhe a fixação do adesivo na parede. Régua também salva, para não dar bolha.
Sobre o título: "quase Athos". Uma amiga que é artista plástica e estuda Athos Bulcão viu meu murinho e me deu uma triste notícia. Disse que, provavelmente, este painel não é do Athos. Que os paineis dele não são padronados, seguem uma linha de tês pra um na hora da colocação...PÊÊÊÊ. Mas enfim, curti do mesmo jeito, me lembra o Athos e tem a cara de Brasília. Se alguém descobrir o autor desta obra, por favor, me diga para que eu saiba e -ao menos - credite de quem plagiei! hehe
Ah, minha cunha cresceu o olho e fez uma encomenda para o quarto dela. Quando fizermos, coloco por aqui também!
Legal, né?