Mamãe vai ao cinema

  

           Quando ouvi falar do CineMaterna fiquei muito, mas muito curiosa! Disse que essa história começou em São Paulo quando um grupo de novas mães, frustradas por não poderem ir ao cinema por conta de seus bebês (eles choram, riem, gofam, fazem cocô, alguns até falam...), “invadiu” uma sessão vespertina num shopping da cidade. As novas amigas passaram a fazer desse programa uma rotina quinzenal, antecedendo o que hoje é um projeto que se estendeu para várias cidades do Brasil.
        Fui lá quando a minha mais nova tinha 1 mês, já faz tempo. Lembrei de falar disso agora, pois tenho amigas com nenezinhos e vejo como estão afim de socializar um pouco.

       Pois bem, é uma situação inusitada demais! Onde podemos ver uma fila de mães e pais com seus nenezinhos, carrinhos, slings, bolsas mil, babás, etc? Só se for num posto de vacinação. E com uma grande diferença. Ali - na porta do cinema - estão todos felizes, ansiosos, falantes, curiosos!

                 

          O projeto tem parceria com o Cinemark e com a Natura. Ah, não estou fazendo propaganda, não. E não me incomodo em falar sobre marcas quando as empresas abraçam uma ideia interessante. Nessas parcerias o CineMaterna teve uma sacada dupla. Ingressos mais baratos, sessão de cinema exclusiva, fila separada. Dentro da sala de projeção, dois trocadores com fraldas, pomada, lenços umedecidos. Tem até uma lanterninha pra que uma das moças auxilie as mamães nas trocas que ocorrem no meio do filme (claro, neném é assim... mamou, saiu!).
         À frente fica o estacionamento de carrinhos, todos alinhados embaixo da tela, esperando por seus donos que a esta altura estão aconchegados em seus colinhos prediletos.
         Eles estão lá, a maioria sem saber pra quê veio. O chorinho solidário vem de tempos em tempos, um começa...o outro embala...dos maiorzinhos se ouve mamã, papá, auau. Nada que atrapalhe o filme, que tem o som reduzido e vem acompanhado por uma iluminação branda - as luzes da sala ficam levemente acesas. Bom também é que os filmes são adultos e escolhidos pelos próprios pais e mães numa enquete feita pelo site.

         Depois da sessão, acontece um bate-papo num café próximo. Ali reparei que quase ninguém vai debater o filme e sim trocar ideias sobre os filhotes, aprender, compartilhar, enfim, conversar sobre essas coisas que só quem tem um bebezinho tem paciência pra ouvir! É ou não é?

         Virei fã e recomendo. Pra mim não dá mais, pois o programa é para bebês até 18 meses. As minhas já são coroas!

     As sessões são de 15 em 15 dias em várias cidades. Aqui em Brasília acontecem às terças a tarde no Cinemark do Iguatemi e no Espaço Itaú do CasaPark.

Pra saber mais: www.cinematerna.org.br